Quando a fome chega no limite

02/08/2010

 

O ”não estou mais com fome” depois de ficar horas e horas sem comer é um desfecho habitual, mas não foi esse o resultado que tive no sábado.

Sai da cama as 10:30h e até as 16:00h, período de 5 horas e meia, o meu estômago tinha conversado com 2 yogurts. Querido leitor (pausa longa), se você se sacia com 2 míseros yogurts por todo esse tempo definitivamente não fazemos parte do mesmo grupo. Isso é certo!

Pouco antes das quatro da tarde recebo uma mensagem dizendo que a turma estava indo almoçar no Espírito Santo, Horácio Lafer 634. Meu amigo, na atual situação eu estava aceitando qualquer convite desse tipo e para a minha felicidade a conversa pelo bbm (ou sms ou qualquer outro tipo de contato que você faça, o meio pouco importa) e se desenrolou assim:

Eu: Perigo!!! Homem morto de fome a solta na cidade!

Camila (kaka): Vou pedir algumas coisinhas. Avisa quando estiver chegando que eu peço!

Eu: Pode pedir (desesperado)

Camila (kaka): Bolinho de Bacalhau, batatas…?

Eu: Bolinho! Bingo!

Em menos de 5 minutos eu estava lá e mal consegui dizer oi a todos como deveria por que meus olhos estavam analisando a mesa a procura de COMIDA! Ele (bolinho) ainda não estava lá. Ok, tempo para conversar e etc. Pausa para falar que sentamos nas mesas de fora voltadas para a rua, com dia bonito e clima agradável. Seria ou será a distância das mesas de fora para o caixa e a cozinha, o problema da demora no atendimento? Lento durante todo o tempo.

Bom, Bolinho de Bacalhau (12 un. por R$ 32).

Apesar de muito bem feito, bem recheados e fritos, achei o preço salgado. 32 reais por uma porção de 12?? Tinha algo de tão especial que não percebi?

Quando mal acabaram os bolinhos, eis que surge no lado oposto da mesa uma porção de Ostras. Se eu contar que nunca tinha experimentado antes, alguém acredita? Pois é a mais pura verdade ou melhor, era. Um molho a base de balsâmico e cebola veio para acompanhar a 1/2 porção de Ostras do Sonho (R$ 24).

Com o professor Simão me auxiliando, dei graças a Deus que existia o molho. Gostei mas definitivamente não serei um fã e defensor delas na minha mesa.

Passados quase 1 hora é que fui olhar o cardápio pela primeira vez. Na seção de petiscos de 12 opções, 6 eram de bacalhau ou batatas. Como os 2 ingredientes de alguma maneira já tinham chegado à mesa, por eliminação eu escolhi uma porção de Aipim (R$ 15,50).

E olha que acabou combinando com o dia de bar/boteco que se desenhava. Bem frita, sem excesso de óleo mas sem sal!

A essa altura eu já namorava alguns dos principais, Arroz de Polvo e um dos diversos principais de Bacalhau eram os meus preferidos, mas os petiscos não paravam de chegar.

Dessa vez foi a Alheira que veio fazer companhia. Alheira para quem não conhece é uma linguiça feita de carne, pão e alho, a porção custa R$ 29.

Eu gostei muito dessa leitura típica portuguesa que provei pela primeira vez.

Polvo a Lagareira foi a última vítima. Cozido e assado no azeite com batatas (R$ 59).

Que delícia de polvo, no ponto entre o mole e o borrachudo. As batatas não me agradaram, sem sal e duras. Não vale o preço. É um fruto do mar que costuma custar o preço mas para um classificação de petisco eu achei bem caro.

Como não aguentavam mais nada sólido, parti pro líquido (risos). O Espírito Santo é um bar português que como manda o figurino tem seu cardápio voltado para o mar e em especial para o trato do bacalhau em diversas formas. Decoração típica e clima agradável, de preferência quando o tempo ajuda e há lugar nas mesas de fora. Do atendimento eu já tratei anteriormente.

Ah, o perigo em deixar a fome chegar no limite é fazer como eu fiz, comer sem parar e se saciar sem provar um dos principais quando a intenção era essa. Nem sempre tudo sai como planejamos, graças a Deus.

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